infelismente (ou n ) as nephentes mais exoticas e curiosas sao kuase tds highland..a proxima estufa ou terrario ke montar sera sem duvida um highland, ms esse tera de ser mt bem planeado de forma a ter uma boa refrigeraçao e controlo de clima esse sera o meu proximo projecto, mas agr so la pa 2010, se n tranformo a casa numa selvaaconselho-te agora a tentares arranjar uma Nepenthes argentii. Supostamente é a Nepenthes mais pequena do mundo, infelizmente é Highland.
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As minhas comilonas
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº51
Re: As minhas comilonas
Pois n sei, talvez sim, mas tb sei ke existem distribuidores ke agr nesta altura param simplesmente as vendas, por causa do frio..isto deve se ao facto das transportadoras n ligarem se as encomendas sao plantas ou se sao rolhas (foi o exemplo ke me veio á cabeça ) e ao serem transportadas mts vezes terao de lidar com o frio, danificando as plantas..torna se portanto um risco exportar plantas nesta altura do ano..
Ricardo Miranda- Administrador
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- Mensagem nº52
Re: As minhas comilonas
para as highland nem é preciso terrario, o nosso clima é com optimo em termos de temperatura para elas, só mesmo arranjar maneira de manter humidade em volta delas.
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº53
Re: As minhas comilonas
pois, o problema é esse..é ke pa manter a humidade acaba se por criar um mini forno, tipo a estufa ke eu agr transformei em terrario..msm agr com as temperaturas mais baixas, durante o dia ao sol ela xega facilmente aos 40º..teria de ter um sistema de ventilaçao ou refrigeraçao á msm..
penso ke numa estufa maior ja n haja esse problema, ms como n tenho nenhuma n faço ideia
penso ke numa estufa maior ja n haja esse problema, ms como n tenho nenhuma n faço ideia
Ricardo Miranda- Administrador
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- Mensagem nº54
Re: As minhas comilonas
40º é muito, cuidado!!! As plantas carnívoras não gostam de formo, tem cuidado, e as hightland não precisam desse mini forno!
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº55
Re: As minhas comilonas
msm por isso é ke mudei a estufa para o interior e meti iluminaçao artificial..xeguei a conclusao ke ela é mt pekena para levar com sol directo, akece bastante, msm com a parte da frente aberta fika mt kente la dentro..
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- Mensagem nº56
Re: As minhas comilonas
tenta arranjar uma maior, nem que a faças artesanalmente, o importante é baixar essa temperatura e manter a humidade. 40ºc é mto.Gelly escreveu:msm por isso é ke mudei a estufa para o interior e meti iluminaçao artificial..xeguei a conclusao ke ela é mt pekena para levar com sol directo, akece bastante, msm com a parte da frente aberta fika mt kente la dentro..
desse modo ja podes ter a estufa ca fora, poupas na conta da luz e vai fazer melhor as plantas.
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº57
Re: As minhas comilonas
pois, isso keria eu, o problema é espaço a varanda é mt estreita pa por la uma estufa em condiçoes..
Ricardo Miranda- Administrador
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- Mensagem nº58
Re: As minhas comilonas
SalsAmorim escreveu:Ricardo Miranda estavas a falar sobre o CZplants. O que aconteceu ao site? Parece que deixaram de ter muitas plantas para venda. Bug do site?
Afinal estava estava esclarecido no topo do site:
•10. 11. 2009 09:21 - NOW - new species in gemmae and seeds offer
•09. 11. 2009 10:35 - Next shippment: Tuesday, 10th November 2009
•05. 11. 2009 01:02 - Gemmae & seeds we shipp without any breaks!!! We prepare new offer for Spring
•04. 11. 2009 20:30 - Winter break for plants shipping - we will send plants last time next Monday, then in March / April
•04. 11. 2009 10:45 - NEW photogalery with Borneo and south Spain expeditions
•10. 10. 2009 01:10 - New - Nepenthes seeds - N.gracilis dark type, N.chaniana, N.burbidgeae, N.(rafflesiana x rowanae) x (Viking x ampullaria, N.(rafflesiana x gracilis) x Miranda
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- Mensagem nº59
Re: As minhas comilonas
é como o ferrero roche, so se vende no inverno pra manter a qualidade.
no caso das carnivoras é ao contrario.
acho que isso so demonstra o nivel e a qualidade que a CZplants gosta de manter com os seus produtos.
no caso das carnivoras é ao contrario.
acho que isso so demonstra o nivel e a qualidade que a CZplants gosta de manter com os seus produtos.
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº60
Re: As minhas comilonas
na republica checa faz bastante frio, se considerarmos as temperaturas ke as encomendas enfrentam no transporte, iriam arriscar se a ke mts plantas morressem plo kaminho, e isso n é bom para as plantas nem para o negocio..por isso é compreensivel ke parem nesta altura..
ou seja, a partir de agr vai ser mais dificil a compra de plantas mas na pag da borneo exotics tem la + uns distribuidores, tem la contactos e pode ser ke algum exporte plantas nesta altura..kuando começar a pensar fazer outra encomenda entro em contacto com eles pa saber pormenores
tanto tempo sem ter nepenthes novas ca em casa é ke n pode ser
ou seja, a partir de agr vai ser mais dificil a compra de plantas mas na pag da borneo exotics tem la + uns distribuidores, tem la contactos e pode ser ke algum exporte plantas nesta altura..kuando começar a pensar fazer outra encomenda entro em contacto com eles pa saber pormenores
tanto tempo sem ter nepenthes novas ca em casa é ke n pode ser
Diamantino- Moderador
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- Mensagem nº61
Re: As minhas comilonas
isso é verdade com a neve e gelo coitadas das plantas algumas vinham já mortas
ReasonX- Moderador
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Re: As minhas comilonas
tens a: karnivores.comGelly escreveu:na republica checa faz bastante frio, se considerarmos as temperaturas ke as encomendas enfrentam no transporte, iriam arriscar se a ke mts plantas morressem plo kaminho, e isso n é bom para as plantas nem para o negocio..por isso é compreensivel ke parem nesta altura..
ou seja, a partir de agr vai ser mais dificil a compra de plantas mas na pag da borneo exotics tem la + uns distribuidores, tem la contactos e pode ser ke algum exporte plantas nesta altura..kuando começar a pensar fazer outra encomenda entro em contacto com eles pa saber pormenores
tanto tempo sem ter nepenthes novas ca em casa é ke n pode ser
é uma loja online francesa, tem um excelente serviço, vende quase todas as especies de plantas todo ano.
ja mandei vir de la plantas, veem mto bem acondicionadas(tambem o que se paga de portes, tinha de ser), e a entrega é rapida.
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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- Mensagem nº63
Re: As minhas comilonas
ia a dar a voltinha de rotina pelas sementeiras, kuando me deparei com mais uma agradavel surpresa
Uma semente de drosophylum finalmente deu sinais, kuando eu menos esperava depois de uma das N. ventrata me presentear com 2 filhotes, nasce aki mais uma especie mt desejada
tou ka com uma dakelas sorte de principiante
Uma semente de drosophylum finalmente deu sinais, kuando eu menos esperava depois de uma das N. ventrata me presentear com 2 filhotes, nasce aki mais uma especie mt desejada
tou ka com uma dakelas sorte de principiante
Ricardo Miranda- Administrador
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- Mensagem nº64
Re: As minhas comilonas
É uma Drosophyllum, sem dúvida! Parabéns!
Cuidado agora com a quantidade de água, se a raiz ficar submersa, acaba por apodrecer a morre.
Cuidado agora com a quantidade de água, se a raiz ficar submersa, acaba por apodrecer a morre.
ReasonX- Moderador
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Re: As minhas comilonas
parabens pelo novo rebento!
agora trata bem dele!
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- Mensagem nº66
Re: As minhas comilonas
Uma pergunta Gelly. Como fizeste a estratificação? Sempre tiveste que polir a casca da semente com lixa para ela rebentar mais rápido?
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- Mensagem nº67
Re: As minhas comilonas
"dar cabo" da casca da semente chama-se escarificação.
.
.
Sérgio Amorim- Membro Profissional
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- Mensagem nº68
Re: As minhas comilonas
Então mas explica-me uma coisa Cp. Ter que se mergulhar a semente em agua durante uma dias não pode ser chamado estratificação? Ou tem mesmo que estar no frio?
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- Mensagem nº69
Re: As minhas comilonas
a diferença é relativamente simples:
estratificação envolve processos quimicos, desencadeados por exemplo pela temperatura, geralmente associada á humidade.
escarificação envolve processos fisicos, geralmente associados a "gastar" a casca das sementes para permitir que a água chegue lá dentro para desencadear os processos quimicos.
molhar as sementes se for para amolecer a casca será escarificação, mas como também vai haver reações por causa da água que entra pode ser estratificação, acho que esse é um caso fronteira ou mistura dos dois
.
estratificação envolve processos quimicos, desencadeados por exemplo pela temperatura, geralmente associada á humidade.
escarificação envolve processos fisicos, geralmente associados a "gastar" a casca das sementes para permitir que a água chegue lá dentro para desencadear os processos quimicos.
molhar as sementes se for para amolecer a casca será escarificação, mas como também vai haver reações por causa da água que entra pode ser estratificação, acho que esse é um caso fronteira ou mistura dos dois
.
Ricardo Miranda- Administrador
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- Mensagem nº70
Re: As minhas comilonas
Acho melhor esclarecer este assunto à comunidade porque estás a confundir os termos.
Como todos sabemos, após a maturação total da semente, esta entra num processo de dormência.
Dormência é um mecanismo de sobrevivência que assegura a sincronização sasonal do crescimento, uma vez que se trata da capacidade de capacidade das sementes retardarem a germinação até que as condições ambientais sejam apropriadas para a sobrevivência das plantas. Existe muitos tipos de dormência nas sementes de todas as plantas, mesmo nas plantas carnívoras, mas isso ficará para um outro tópico dedicado ao assunto.
Existem vários tratamentos para interromper a dormência, induzindo e optimizando a taxa de germinação das sementes de plantas carnívoras:
- a estratificação, onde as sementes são colocadas num ambiente húmido e são sujeitas a um período de baixas temperaturas, normalmente dentro do frigorífico, e posteriormente colocadas à sua temperatura ideal de germinação. Ao contrário do que foi dito, a estratificação não envolve processos químicos mas sim grandes variações de temperatura acompanhado com grande níveis de humidade. Este tratamento é aplicado a todas as Sarracenias e Darlingtonias, plantas carnívoras provenientes de zonas onde o inverno é muito frio.
- a escarificação que permite alterar mecanicamente ou tornar mais mole o revestimento das sementes, tornando-o permeável à água e gases. Existe vários tipos de escarificação:
• Mecânica, que pode ser por exemplo o uso de uma lixa, e deve ser feita com cuidado para evitar danos nos tecidos do embrião;
• Tratamento com água quente, onde após o tratamento com água quente as sementes são embebidas em água com temperatura decrescente durante 12 a 24h;
• Químico, onde normalmente se usa ácido sulfúrico para a escarificação do revestimento das sementes, e onde o tempo de tratamento é variável em função das espécies (este sim é o processo químico).
Aproveito para acrescentar sobre a escarificação, para não perder o real objectivo deste tópico, que a escarificação mecânica é o processo aconselhado para a quebra de dormência, indução e optimização da taxa de germinação nos Drosophyllum, mais precisamente o corte ou desgaste do micrópilo (para quem não sabe é a zona por onde a radícula da semente começa a crescer)
Sobre o acto de mergulhar as sementes em água, existe um processo que se chama a "Remoção de inibidores da germinação". O objectivo é remover através da lavagem em água corrente das substâncias que inibem a quebra de dormência. Um exemplo muito conhecido são os citrinos, onde o "sumo" do fruto inibe a germinação, e por isso as sementes para germinarem têm de ser lavadas.
Assim sendo o método "in aqua" os cultivadores de plantas carnívoras usam, não é processo de remoção de inibidores de germinação, ou seja, não é um tratamento para interromper a dormência, mas sim um método de germinação como tantos outros.
Inventando agora umas expressões para perceberem melhor, o método "in aqua" tem o mesmo estatuto que um método "in sphagnum" ou um método "in turfa". Simplesmente são métodos para atingir a primeira das três fases da germinação:
- Fase I – Embebição – aumento rápido de absorção de água;
- Fase II – Fase de latência – pouca absorção de água, elevada actividade metabólica (respiração, síntese, degradação de reservas energéticas da semente);
- Fase III – Emergência da radícula – resulta de um novo aumento de absorção de água – 1º sinal visível da germinação.
Como disse em cima, existe vários processos de quebra da dormência (primária e secundária) nas plantas carnívoras, umas mais arrojadas do que outras, como por exemplo o fogo, mas isso ficará para um tópico dedicado uma vez que este assunto assim o merece.
ps.: imagino que nunca passa-se pela cabeça da minha antiga professora de Fisiologia Vegetal da FCUP que eu um dia usaria este assunto para falar sobre plantas carnívoras
Como todos sabemos, após a maturação total da semente, esta entra num processo de dormência.
Dormência é um mecanismo de sobrevivência que assegura a sincronização sasonal do crescimento, uma vez que se trata da capacidade de capacidade das sementes retardarem a germinação até que as condições ambientais sejam apropriadas para a sobrevivência das plantas. Existe muitos tipos de dormência nas sementes de todas as plantas, mesmo nas plantas carnívoras, mas isso ficará para um outro tópico dedicado ao assunto.
Existem vários tratamentos para interromper a dormência, induzindo e optimizando a taxa de germinação das sementes de plantas carnívoras:
- a estratificação, onde as sementes são colocadas num ambiente húmido e são sujeitas a um período de baixas temperaturas, normalmente dentro do frigorífico, e posteriormente colocadas à sua temperatura ideal de germinação. Ao contrário do que foi dito, a estratificação não envolve processos químicos mas sim grandes variações de temperatura acompanhado com grande níveis de humidade. Este tratamento é aplicado a todas as Sarracenias e Darlingtonias, plantas carnívoras provenientes de zonas onde o inverno é muito frio.
- a escarificação que permite alterar mecanicamente ou tornar mais mole o revestimento das sementes, tornando-o permeável à água e gases. Existe vários tipos de escarificação:
• Mecânica, que pode ser por exemplo o uso de uma lixa, e deve ser feita com cuidado para evitar danos nos tecidos do embrião;
• Tratamento com água quente, onde após o tratamento com água quente as sementes são embebidas em água com temperatura decrescente durante 12 a 24h;
• Químico, onde normalmente se usa ácido sulfúrico para a escarificação do revestimento das sementes, e onde o tempo de tratamento é variável em função das espécies (este sim é o processo químico).
Aproveito para acrescentar sobre a escarificação, para não perder o real objectivo deste tópico, que a escarificação mecânica é o processo aconselhado para a quebra de dormência, indução e optimização da taxa de germinação nos Drosophyllum, mais precisamente o corte ou desgaste do micrópilo (para quem não sabe é a zona por onde a radícula da semente começa a crescer)
Sobre o acto de mergulhar as sementes em água, existe um processo que se chama a "Remoção de inibidores da germinação". O objectivo é remover através da lavagem em água corrente das substâncias que inibem a quebra de dormência. Um exemplo muito conhecido são os citrinos, onde o "sumo" do fruto inibe a germinação, e por isso as sementes para germinarem têm de ser lavadas.
Assim sendo o método "in aqua" os cultivadores de plantas carnívoras usam, não é processo de remoção de inibidores de germinação, ou seja, não é um tratamento para interromper a dormência, mas sim um método de germinação como tantos outros.
Inventando agora umas expressões para perceberem melhor, o método "in aqua" tem o mesmo estatuto que um método "in sphagnum" ou um método "in turfa". Simplesmente são métodos para atingir a primeira das três fases da germinação:
- Fase I – Embebição – aumento rápido de absorção de água;
- Fase II – Fase de latência – pouca absorção de água, elevada actividade metabólica (respiração, síntese, degradação de reservas energéticas da semente);
- Fase III – Emergência da radícula – resulta de um novo aumento de absorção de água – 1º sinal visível da germinação.
Como disse em cima, existe vários processos de quebra da dormência (primária e secundária) nas plantas carnívoras, umas mais arrojadas do que outras, como por exemplo o fogo, mas isso ficará para um tópico dedicado uma vez que este assunto assim o merece.
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Última edição por Ricardo Miranda em Seg Nov 23, 2009 12:15 pm, editado 1 vez(es)
Hugo Rodrigues- Membro Profissional
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Re: As minhas comilonas
neste caso limitei me a cortar a casca pela pontinha mais bicuda (micropilo), e desgastei a um pc com a ponta do x ato..tenho + semeadas, umas apenas cortei a ponta, outras "lixei as" um bokadinho e cortei um pc + fundo..esta ke nasceu foi destas ultimas..n tenho a certeza, ms ate penso ke seja uma ke kuando plantei ate pensei ke tivesse danificado a semente por a ter cortado tao fundo..
Cédric Pereira- Administrador
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- Mensagem nº72
Re: As minhas comilonas
Ricardo Miranda escreveu:Acho melhor esclarecer este assunto à comunidade porque estás a confundir os termos.
Como todos sabemos, após a maturação total da semente, esta entra num processo de dormência.
Dormência é um mecanismo de sobrevivência que assegura a sincronização sasonal do crescimento, uma vez que se trata da capacidade de capacidade das sementes retardarem a germinação até que as condições ambientais sejam apropriadas para a sobrevivência das plantas. Existe muitos tipos de dormência nas sementes de todas as plantas, mesmo nas plantas carnívoras, mas isso ficará para um outro tópico dedicado ao assunto.
Existem vários tratamentos para interromper a dormência, induzindo e optimizando a taxa de germinação das sementes de plantas carnívoras:
- a estratificação, onde as sementes são colocadas num ambiente húmido e são sujeitas a um período de baixas temperaturas, normalmente dentro do frigorífico, e posteriormente colocadas à sua temperatura ideal de germinação. Ao contrário do que foi dito, a estratificação não envolve processos químicos mas sim grandes variações de temperatura acompanhado com grande níveis de humidade. Este tratamento é aplicado a todas as Sarracenias e Darlingtonias, plantas carnívoras provenientes de zonas onde o inverno é muito frio.
- a escarificação que permite alterar mecanicamente ou tornar mais mole o revestimento das sementes, tornando-o permeável à água e gases. Existe vários tipos de escarificação:
• Mecânica, que pode ser por exemplo o uso de uma lixa, e deve ser feita com cuidado para evitar danos nos tecidos do embrião;
• Tratamento com água quente, onde após o tratamento com água quente as sementes são embebidas em água com temperatura decrescente durante 12 a 24h;
• Químico, onde normalmente se usa ácido sulfúrico para a escarificação do revestimento das sementes, e onde o tempo de tratamento é variável em função das espécies (este sim é o processo químico).
Aproveito para acrescentar sobre a escarificação, para não perder o real objectivo deste tópico, que a escarificação mecânica é o processo aconselhado para a quebra de dormência, indução e optimização da taxa de germinação nas Drosophyllum, mais precisamente o corte ou desgaste do micrópilo (para quem não sabe é a zona por onde a radícula da semente começa a crescer)
Sobre o acto de mergulhar as sementes em água, existe um processo que se chama a "Remoção de inibidores da germinação". O objectivo é remover através da lavagem em água corrente das substâncias que inibem a quebra de dormência. Um exemplo muito conhecido são os citrinos, onde o "sumo" do fruto inibe a germinação, e por isso as sementes para germinarem têm de ser lavadas.
Assim sendo o método "in aqua" os cultivadores de plantas carnívoras usam, não é processo de remoção de inibidores de germinação, ou seja, não é um tratamento para interromper a dormência, mas sim um método de germinação como tantos outros.
Inventando agora umas expressões para perceberem melhor, o método "in aqua" tem o mesmo estatuto que um método "in sphagnum" ou um método "in turfa". Simplesmente são métodos para atingir a primeira das três fases da germinação:
- Fase I – Embebição – aumento rápido de absorção de água;
- Fase II – Fase de latência – pouca absorção de água, elevada actividade metabólica (respiração, síntese, degradação de reservas energéticas da semente);
- Fase III – Emergência da radícula – resulta de um novo aumento de absorção de água – 1º sinal visível da germinação.
Como disse em cima, existe vários processos de quebra da dormência (primária e secundária) nas plantas carnívoras, umas mais arrojadas do que outras, como por exemplo o fogo, mas isso ficará para um tópico dedicado uma vez que este assunto assim o merece.
ps.: imagino que nunca passa-se pela cabeça da minha antiga professora de Fisiologia Vegetal da FCUP que eu um dia usaria este assunto para falar sobre plantas carnívoras
Agora so falta agarrares nesta info, arranjares isso um pouco, meteres uns negritos e metes na parte dos artigos
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- Mensagem nº73
Re: As minhas comilonas
Acho melhor esclarecer este assunto à comunidade porque estás a confundir os termos.
não, não estou a confundir os termos.
- a estratificação, onde as sementes são colocadas num ambiente húmido e são sujeitas a um período de baixas temperaturas, normalmente dentro do frigorífico, e posteriormente colocadas à sua temperatura ideal de germinação. Ao contrário do que foi dito, a estratificação não envolve processos químicos mas sim grandes variações de temperatura acompanhado com grande níveis de humidade.
Tal como disse e reafirmo a estratificação envolve processos quimicos, ou o que é que achas que estás a provocar quando fazes as sementes passarem por um periodo de temperaturas baixas ( no caso das sarracenias por exemplo ) ?
O que se está a fazer é desencadear um processo quimico no interior da semente. Porque como é óbvio a semente não tem um termómetro la dentro e já sabe que está na hora de germinar porque já passou o frio, todo esse processo é um processo quimico interno que é tal como já disse desencadeado pelas variações de temperatura.
Então ainda achas que estou a confundir os termos?
E será que a "comunidade" já ficou esclarecida ?
.
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- Mensagem nº74
Re: As minhas comilonas
Muito bom o texto!
Muito bom mesmo...
Parabéns Ricardo... nada como ter uma pessoa conhecedora de Fisiologia vegetal entre nós...
Se me permite, CP, confundiste um pouco os termos da forma como colocou... de fato tem alterações químicas nas sementes (em qualquer processo na verdade), mas a estratificação em sí é o processo de umidade e frio descrito pelo Ricardo.
Penso que todos temos a capacidade de discutir qualquer assunto sem precisar "agredir" outros pontos de vista, ou informações conflitantes.
Atenciosamente.
Muito bom mesmo...
Parabéns Ricardo... nada como ter uma pessoa conhecedora de Fisiologia vegetal entre nós...
Se me permite, CP, confundiste um pouco os termos da forma como colocou... de fato tem alterações químicas nas sementes (em qualquer processo na verdade), mas a estratificação em sí é o processo de umidade e frio descrito pelo Ricardo.
Penso que todos temos a capacidade de discutir qualquer assunto sem precisar "agredir" outros pontos de vista, ou informações conflitantes.
Atenciosamente.
Ricardo Miranda- Administrador
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Re: As minhas comilonas
No meu ponto de vista não se pode chamar processo químico porque assim tudo o que possa ocorrer nas sementes será um processo químico, uma vez que tudo não passa de um equilíbrio hormonal dentro das sementes, o ácido giberélico e brassinosteroides como reguladores positivos da germinação e ácido abcísico é regulador negativo.
Ou seja, a estratificação seria um processo químico se envolve-se a aplicação de produtos químicos, mas não, envolve temperaturas que por sua vez influência o equilíbrio hormonal como qualquer outro processo.
Mas pronto, fico-me por aqui, certamente existe aqui elementos mais capazes do que eu para falar sobre este assunto.
Ou seja, a estratificação seria um processo químico se envolve-se a aplicação de produtos químicos, mas não, envolve temperaturas que por sua vez influência o equilíbrio hormonal como qualquer outro processo.
Mas pronto, fico-me por aqui, certamente existe aqui elementos mais capazes do que eu para falar sobre este assunto.
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